A tomada de
decisão é uma das responsabilidades mais crítica e complexa no processo de gestão. A menos que passos
adequados sejam seguidos, ganhos positivos poderão ser trazidos para a
organização. O objetivo deste artigo é analisar a literatura existente sobre o
processo de tomada de decisão, e reforçar os lideres Cabo Verdeanos na conjugação de esforços para uma
tomada de decisão mais ética, equitativa e eficiente.
A Tomada de Decisão
De acordo com
Lupton (1991), tradicionalmente, as organizações têm geralmente funcionado de uma
forma hierárquica. Na hierarquia, o estilo de gestão é normalmente de “cima
para baixo”, e os gestores são considerados mais competentes e mais responsáveis
do que os outros funcionários. Por isso, eles são normalmente compensados com maior salário e regalias.
Contrariando o Lupton, Koplowitz (2008) explica que, o processo da tomada de decisão, deve
ser relativamente "flat" ou "não-hierárquico" . Isso
significa que os lideres devem procurar fazer decisões de "baixo para
cima". No entanto, Koplowitz explica que em certos momentos, e sob certas condições, os lideres podem unilateralmente tomar decisões, por exemplo, quando fazem a distribuição de tarefas aos subordinados e em algumas situações de emergência.
Rosati e Hare
(2012) argumentam que o contexto onde a medida será implementada deve ser tomada em consideração. O contexto é importante uma vez que o seu conhecimento permite aos lideres fazerem o ajustamento adequado e ético das estratégias a serem usadas na concessão da medida. Outra vantagem se assenta na gestão da ansiedade ou possível tensão que se cria com mudança, e assim garantir a sustentabilidade da medida. Para este efeito, existe uma sequência de passos que devem ser seguidos sem omissão, sob pena de produzir uma falsa
ilusão de rapidez e resultados.
Althaus (2007) apresenta o modelo da tomada de decisão, que é atualmente implementado na Austrália.
Em seguida, vem a fase da consulta. Esta fase é importante para desenvolver as ideias e recolher o feedback. Recomenda se fazer um debate com aqueles que serão afetados direta ou indiretamente.
Após a consulta, faz se a coordenação das ideais recolhidas nas fases anteriores e delineia se as estratégias necessárias. Então tomar-se-á a decisão.
Após a implementação da medida é essencial avalia-la . Ela permite verificar os efeitos da medida implementada e repensar sobre a sua adequação. Althaus explica que depois da avaliação, normalmente o ciclo se inicia de novo, desta vez com um novo olhar sobre o problema.
Palestini (2002) argumenta que a boa tomada de decisão deve alcançar o resultado
esperado sem prejudicar os critérios. Ele sugere que no processo de tomada de
decisão deve se envolver todos os funcionários da organização, bem como elementos chave da
comunidade e parceiros. Palestini sublinha que o processo da tomada
de decisão pode também ser afetada pelo conhecimento do líder sobre a matéria e pela sua
capacidade de comunicação, motivação e influencia sobre os outros. A boa comunicação pode facilitar a compreensão e aceitação da decisão pelos liderados.
Conclusão
Este artigo
fez um estudo sobre o processo da tomada de decisão na liderança. O objetivo é reforçar os lideres Cabo Verdeanos.O artigo apresentou o modelo de Althaus (2007) como a mais adequada e utilizada recentemente na administração na Austrália. Os passos adequados a serem seguidos para que haja uma tomada de decisão de forma ética e equitativa foram identificados neste estudo. Embora
às vezes a situação empurra os gestores a tomarem decisões individuais, é mais
benéfico para a organização, se ela for tomada coletivamente e seguindo
os procedimentos recomendados.
Eusébio Varela
Mestrando em Liderança e Gestão Educativa
Queensland University of Technology
Austrália